sábado, janeiro 21, 2006

com cafeina

Com cafeína
acordo
sem cafeína
adormeço
meus olhos não podem se fechar
meu dia ainda não terminou

16 comentários:

Anônimo disse...
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Anônimo disse...
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Anônimo disse...
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Anônimo disse...

Derruir

Eu deixei que o seu mundo
mentisse para os meus deuses
libertasse meus santos
e espalhasse meus altares
Eu deixei que todo o seu mundo
entrasse no meu quarto
Deitasse em minha cama
E se misturasse com meus sonhos
Eu deixei o seu mundo
se apoiar em meus ombros
E jogar meus escombros
pra debaixo do tapete
Eu deixei a paisagem do seu mundo
ser mais bonita que a da minha janela
e pude ver estrelas sem moldura

Karla disse...

Onde estão os seus olhos negros que aprisionavam a noite
os seus cabelos por onde se entranhavam meus segredos
a sua boca em que se fazia meu canto
Que ruas são essas que não me levam mais a você?
Quem são essas pessoas que me atravessam?
Por que a minha procura virou fantasia?
Eu já não sinto só saudade,espaço,buraco,vazio,perda,engano...
Eu sinto saudade daquele pequeno espaço que ficava entre a minha mão e a sua

Karla disse...

Acontece todas as noites
fatídica hora
o encontro entre a cabeça e o travesseiro
todos fogem
fico sozinha
e a espuma não amortecerá a queda
do meu pensamento
o declínio do desejo...
todas as noites eu experimento morrer
é a hora das constatações
quantas aranhas tecem neste labirinto?
Antes de amar eu não me sabia bonita
Depois de amar eu me soube imperfeita
os pequenos atrasos dos ponteiros,
a mobilia empoeirada do cotidiano,
o corredor comprido demais,
o colchão sem cama
a alma sem cama
o corpo sem cama
Lá fora o mundo está pequeno
mas aqui dentro ele é grande e me perco
O cachorro está uivando para a lua inexistente
o louco quer que eu o acompanhe
quem sabe qualquer madrugada
ao invés de sonhar
eu acordo

Anônimo disse...

Sua poesia é forte e fala muito de você. Fantástico! Parabéns!

Karla disse...

“Depois de algum tempo,você aprende a diferença sutil entre segurar a mão de alguém e escravizar uma alma,aprende que amor é tudo o que é... e não o que não é,que amor não significa dependência e, companhia não significa segurança, passa a aceitar os seus defeitos com a cabeça erguida e os olhos abertos,com a elegância de um adulto,não com o pesar de uma criança.Aprende a abrir todos os seus caminhos hoje, porque o futuro é incerto demais para se fazer planos.Aprende que até mesmo pode confiar só em você.Então plante seu próprio jardim e embeleze a sua própria alma, em vez de esperar que alguém lhe traga flores. E você aprende que realmente pode resistir.Que é forte e tem valor.”

Anônimo

Karla disse...

Perdi minha identidade numa rua de novembro
"se esta rua fosse minha"
nada de pedras nem perdas para eu passar

Anônimo disse...

Gisele Disse:
- Essa é a minha amiga talentosa, que admiro e torço sempre, você brilha!

Karla disse...

Estou aqui.
Caminhando nessas praças,
distorcendo estas ruas,
dentro de câmaras escuras
sentindo o frio
fio passando pela agulha
mãos de coser
tempo de morrer
mãos de plantar
tempo que virá

Karla disse...

Adorei esse poema de Aluisio Martins ,foi como achar uma resposta...



De tudo que se passou, me pergunto: Ficam-se os dedos? Na catalepsia a mente mais viva que nunca previu o velório para os seus ossos. Na hora derradeira ainda gritei mudo – não me enterrem, não. Vão-se os anéis... A tampa se lacrou com o grude da ignorância. Foi quando senti o gosto quente da primeira pá de areia cimentando o incontível silêncio das despedidas. “Se eu morrer hoje, amanhã faz dois dias...”.

Aluisio Martins

Karla disse...
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Karla disse...

Esse poema foi a pergunta lançada no espaço, ou, a resposta...


Insônia
> Seu travesseiro
> mudo
> imaginação alada
> Deste lado a festa já acabou
> espero sentada
> tomo um chá de cadeira
> Enquanto ventanias sussurram
> janelas rangem
> E a porta não abre.
> a dor que sinto e te delata
> não é bem no cotovelo...
> Vão suas mãos
> restam meus dedos
> não consigo me dobrar
> até sugar meus seios
> As lágrimas apagaram minha maquiagem
> e o espelho riu de mim
> o vestido resolveu voltar pro armário
> a chama apagou
> a cidade acordou
> acho que agora
> a espera está cansada
>
Karla Izidro

Karla disse...

Esse poema foi a pergunta lançada no espaço, ou, a resposta...


Insônia
> Seu travesseiro
> mudo
> imaginação alada
> Deste lado a festa já acabou
> espero sentada
> tomo um chá de cadeira
> Enquanto ventanias sussurram
> janelas rangem
> E a porta não abre.
> a dor que sinto e te delata
> não é bem no cotovelo...
> Vão suas mãos
> restam meus dedos
> não consigo me dobrar
> até sugar meus seios
> As lágrimas apagaram minha maquiagem
> e o espelho riu de mim
> o vestido resolveu voltar pro armário
> a chama apagou
> a cidade acordou
> acho que agora
> a espera acabou
>
Karla Izidro

10:06 AM

Anônimo disse...

Querida amiga... Isso tudo merece um livro! Beijos, Nós.